Solidão
À minha frente o copo vazio
Estou só, estou deserto
Estou longe, estou perto
Estou fora de mim
A morte me espreita
Porém, não tenho temor
Não a teme,
Quem não tem esperança
Quem não tem amor
Estou sem ninguém
Na rua desolada
No bar, na calçada
Em algum lugar
Inutilmente espero alguém
Que não sabe que existo
Que sei que não vem
Essa ausência me apunhala
Me corta a alma, o pulso e a fala
Porém não sinto mais dor
Meus sentimentos destroçados
São como as flores mortas
Que o vento não levou
São frágeis, porém são belos
Perfuma ainda, os pé de quem as pisou