Tempestade de amor
Esforço-me para esquecer o dilúvio
Que afogou meu coração
Uma tempestade de água climatizada
Numa enchente de emoção
Um dia quente
Força o vapor da mente
Carrega nuvens de raios da paixão
Um lanche a dois
Um trovão expande o peito
Começa a dança dos relâmpagos
Ascende um clarão ofuscando a visão
Abro meus braços para aceitar a chuva
Contemplando sua natureza real
Imaginando o brilho dos pingos
Que invadem com pureza
Ultrapassando as curvas do solo
Escorrendo a água num lago úmido
No seu leito uma grama ralinha
Clara pelo efeito da terra branca
Que se curva ao fenômeno natural
Dois corpos no universo.