...Versos de amar!
 

 
Parte, a viajar. Entardecendo! Sem tempos de chegar!  
A qualquer dia, a qualquer hora.   Parte,  a  perscrutar:
Encontrar-te-ia  na  estrada,  a lhe esperar? No beijo,
Diriam da saudade, do encontrar-se somente no agora?
E qual verso enamorado amar-se-iam em terno amor?
 
Enquanto parte, segue bordejando os seus pensamentos.
Busca a estrada de poder te achar!  Tateia  a terra úmida
De prantos, de encantos e sonhos. Deseja te amar! E no calor
Do sol – a queimar á delicada pele fina pelas esperas - segue
A caminhar marcando os dias. Instantes eternos de te amar!
 
Segue...!   Agora, em passos leves.   Mansa, segue amante do olhar!
Segue á buscar!  Sinalizado o amor a lhe esperar!   Caminha silente,
A ouvir, da tarde ensolarada, a cantiga dos versos de amar! E, sente
O  cheiro do mato! Prova à água fria de riacho, á saciar a sede, para,
No depois, quando chegar, amar, amar, amar!
 
E, porque caminha, sabe amar, amar! E ama  saber-se  ir, chegar,
Olhar,  tocar..., amar..., amar...!!!   Amar ao toque das  tuas   mãos,
Na sutileza de olhares, nos versos que há para amar! Delira amar!
E segue, segue...!  Como, se seguindo, partindo, indo -  em  passos
AD AETERNUM! -  houvesse de te encontrar. E, em tudo amando,
Amar sem solitude de amar!
 

Liliane Prado
(Exercício Poético)
Liliane Prado
Enviado por Liliane Prado em 29/06/2012
Reeditado em 03/07/2012
Código do texto: T3750627
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