...Versos de amar!
Parte, a viajar. Entardecendo! Sem tempos de chegar! A qualquer dia, a qualquer hora. Parte, a perscrutar:
Encontrar-te-ia na estrada, a lhe esperar? No beijo,
Diriam da saudade, do encontrar-se somente no agora?
E qual verso enamorado amar-se-iam em terno amor?
Enquanto parte, segue bordejando os seus pensamentos.
Busca a estrada de poder te achar! Tateia a terra úmida
De prantos, de encantos e sonhos. Deseja te amar! E no calor
Do sol – a queimar á delicada pele fina pelas esperas - segue
A caminhar marcando os dias. Instantes eternos de te amar!
Segue...! Agora, em passos leves. Mansa, segue amante do olhar!
Segue á buscar! Sinalizado o amor a lhe esperar! Caminha silente,
A ouvir, da tarde ensolarada, a cantiga dos versos de amar! E, sente
O cheiro do mato! Prova à água fria de riacho, á saciar a sede, para,
No depois, quando chegar, amar, amar, amar!
E, porque caminha, sabe amar, amar! E ama saber-se ir, chegar,
Olhar, tocar..., amar..., amar...!!! Amar ao toque das tuas mãos,
Na sutileza de olhares, nos versos que há para amar! Delira amar!
E segue, segue...! Como, se seguindo, partindo, indo - em passos
AD AETERNUM! - houvesse de te encontrar. E, em tudo amando,
Amar sem solitude de amar!
Liliane Prado
(Exercício Poético)