FANTASIAS DE UMA ILUSÃO
Com vitupério entreguei à minha alma
sabores que ela não pode deleitar-se, e
com certa obstinação exigi
sua total entrega ao afeto que gerei.
Sei que extrapolei o limite do bom senso,
que fui além de minhas forças,
que alimentei um sentimento
no recôndito de minhas carências.
Sei também que quando colocaram simuladamente
em meus braços a minha primeira e única musa,
que existia um abismo intransponível em um
eixo imaginário.
A luta está sendo desigual, mas o que fazer se
até a minha alma depois de desprezada
abraçou os meus caprichos e comigo, passou
a ouvir a poesia do nome que quebra na areia do mar...?
Mar... que me traz saudade de momentos
inesquecíveis, momentos de ternura
envolvendo fatos vivos, e tão vivos
que passaram a dominar a minha mente
com atos fictícios...