LUA
Oh lua plena que abrasa
A minha pele, impiedosa
Dona de todas as formas
Tens o olhar que devassa
Abro as portas da minha sacada
Para que me penetre à moradia
Festejo-a em tamanha alegria
Pela lembrança da tua chegada
Oh lua plena que desvaira
E a todos enlouquece
Não permito que daqui saias
Sem que o amor nos eleve
Assim, quando minguares
Eu sempre nova a pinte
Crescendo dentro dos ares
E plena em mim, tilinte.