Parida
Assim como da mãe desvaira o filho, quando nasce
Quando te arrancam a palavra mais importante
Lembra-se de cada detalhe, em cada instante
Das lembranças do amor é o que resta na face
Receber a notícia de seu amor ir embora
Me lembra de quando eu durmo profundo
Perco a fala, os olhos, me desfaço do mundo
Mas falo "não importa", da boca pra fora
E nesse momento, quase como anônimo,
Me finjo poeta pra fugir da realidade
Me faço amante ou tolo que escreve
Nasce em mim uma falsa esperança, me faz consolado
Do consolo deixar o "Adeus" da despedida
E abanar o braço com sabor de "até breve".