Negra Vênus Entre Os Véus - 2
E todas as manhãs vêm clarear
O mundo sem cor, um horizonte
Clandestino de lagrimas decaídas
Rio amargurado que flui no seu amargor.
Perdida Vênus, ouça o meu clamor
Outrora eu fui a sua dor
No mar perdido me entreguei no seu calor.
Então deixei que os horizontes
Marcassem o seu sorriso
Uma manhã doce e gélida
Com a brisa beijando meu rosto.
Ela é como anjo
Uma Vênus Negra entre os véus
Ela sorri para esse espírito poético
Em horizonte amargurado.
E o meu coração...
O meu coração sofre
Sofre a dor, paraíso descolorido,
Sujo e corrupto.
Em horizontes perdidos de amargura
Vejo seu rosto no frescor da minha inocência
Frescor angelical, doce sorriso outonal.
Talvez algum dia você apareça
E me mostre a sua dança de rainha
E rodarás para mim com seu sorriso outonal
No paraíso descolorido do seu amargor.