Amanhã é mais uma segunda.
Quem sabe depois do sono eu possa
acordar para a vida.
Talvez, depois do banho,
eu possa lavar a alma
(queria mesmo é lavar a égua).
Poder ser que depois de matar a fome,
eu saiba assassinar meus medos.
Já não sei se acredito nas teorias,
pois as letras me parecem
fórmulas matemáticas
(e eu odeio matemática!).
A prática então... está cada vez
mais impraticável, está
é me explorando!
O amor me parece agradável,
alimenta este coração magricela.
Algumas amizades fazem essa
cara sorrir, mas a saudade e a
realidade dão um cinza à vida minha.
Amanhã é mais uma segunda,
ora limpa, ora imunda...
Ei Blimunda, por favor,
empresta-me seu dom
para eu limpar meu caminho
dessa falsidade e podridão. E ser
feliz com minha paixão!