O Amargor do Doce...
Plantei um pé de cidra ainda criança
Verdinho como imaginava a cor da esperança
No meu peito ainda não existia nenhuma dor
Mas nessa vida até o doce possui o seu amargor
Aquele pé de cidra me viu crescer com tanto amor
Enquanto oferecia frutos para as festas típicas do interior
Mamãe fazia doce e colocava no tabuleiro
E eu saia vendendo sonhando com o amor primeiro
Ela manualmente ralava a cidra no ralador
Depois lavava até sair parcialmente o amargor
Colocava em tacho de cobre
E eu ficava olhando ainda com meu coração nobre
Eu vivia sempre sorrindo contente demais
Até que cresci e me tornei a moça de Batatais
Hoje não sou mais criança
Tem noites que choro sem amor e sem esperança
E nas madrugadas meu corpo vibra
Me levanto e vou provar aquele doce de cidra
No rosto o vestígio da lágrima que rolou
E na boca o gosto que ninguém provou
É um amarguinho inofensivo
Inocente como o espinho que prende o meu vestido
Menina que brinca de ser mulher sobre a quentura do sol
Mulher que brinca de ser menina sob a quentura do lençol
Aquele doce secando exposto a luz do céu
Foi feito pelas mãos caprichosas de Raquel
A cabocla mais sentida desse sertão
Que hoje mistura doce, poesia e paixão...
Plantei um pé de cidra ainda criança
Verdinho como imaginava a cor da esperança
No meu peito ainda não existia nenhuma dor
Mas nessa vida até o doce possui o seu amargor
Aquele pé de cidra me viu crescer com tanto amor
Enquanto oferecia frutos para as festas típicas do interior
Mamãe fazia doce e colocava no tabuleiro
E eu saia vendendo sonhando com o amor primeiro
Ela manualmente ralava a cidra no ralador
Depois lavava até sair parcialmente o amargor
Colocava em tacho de cobre
E eu ficava olhando ainda com meu coração nobre
Eu vivia sempre sorrindo contente demais
Até que cresci e me tornei a moça de Batatais
Hoje não sou mais criança
Tem noites que choro sem amor e sem esperança
E nas madrugadas meu corpo vibra
Me levanto e vou provar aquele doce de cidra
No rosto o vestígio da lágrima que rolou
E na boca o gosto que ninguém provou
É um amarguinho inofensivo
Inocente como o espinho que prende o meu vestido
Menina que brinca de ser mulher sobre a quentura do sol
Mulher que brinca de ser menina sob a quentura do lençol
Aquele doce secando exposto a luz do céu
Foi feito pelas mãos caprichosas de Raquel
A cabocla mais sentida desse sertão
Que hoje mistura doce, poesia e paixão...