Estrela da Manhã
D’onde vieste que chegaste assim tardia
Qual naufrágio a emergir do frio abismo
Qual mistério a reluzir na noite sombria
Onde os homens se entregam ao egoismo
Vieste depois de quedarem mortos os sonhos
E das ações volúveis trazerem escravidão
Dos alegres cantos se tornarem enfadonhos
Da força que me move deixar de brotar do chão
Vieste assim tardia no vento das tardes calmas
Com a brisa perfumada pelo odor das coisas novas
E doce frescor das névoas que embalam as tristes almas
Vieste trazendo a manhã depois dos tempos de escuridão
Oh Estrela da Manhã, Senhora de alegrias minhas
Vieste trazendo o amor para dentro do meu coração.