Vem Fazer comigo

Vem fazer comigo, um poema com o corpo,

Vem escrever com os versos das tuas curvas, a estrofe do desejo...

Descendo e subindo, mastigando o tempo, mordendo o espaço,

Na metafísica do sexo e na transcendência do prazer...

Não censure um poema tão humano, tão cheio de nós dois.

Que o calor de teu corpo, sobre o meu e o meu corpo sobre o teu

Dite o ritmo do vai e vem que antecede a explosão de excitação,

em um gemido rouco, abafado, a música de nós dois.

É nesse tempo em que somos um, com universo,

É na cama em que somos todo vulgar, e na vulgaridade das coisas

No egoísmo comum onde nos encontramos toda a nossa humanidade,

Neste jeito insano e humano de amar.