Confissões

Confesso-te...

Confesso-te que os dias são mais dias

Que a canção é mais sentida

Que pro fim da estrada há sempre uma saída

Confesso-te que meu verso te veste sob medida

Que meus olhos te seguem em todo gesto

Que a angústia sempre vem com a despedida

Confesso-te que saudade é uma ausência invisível

Que meus braços procuram seus braços antes de fechar os olhos

Que meus planos sempre acabam no seu sorriso

Confesso-te que talvez eu nem seja tão poeta assim

Que pelo amor eu ainda esteja a construir

Que no teu caminho nunca enxergo o fim

Confesso-te que teu colo é meu melhor poema

Que teu desejo é o próximo refrão da canção que vou compor

Que no teu peito me livro de toda dor

Confesso-te que te amo

- Que confissão mais sem cabimento!

Meu amor não cabe em si nem tampouco em pensamento

Confesso-te no fim da noite...

Por baixo dos teus olhos

E dentro do teu riso solto e inocente

Confesso-te porque sei que de tudo sente... Amor

Pedro Hermes
Enviado por Pedro Hermes em 30/03/2012
Código do texto: T3585537
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