TEATRO DA MINHA VIDA
Maria Tomasia

De repente, fez-se o silêncio.
As cortinas se abrem e lá estão
apenas dois personagens:
um homem e uma mulher.
Um deles sou eu, a jovem
sonhadora, cheia de amor.
Não sei quem é o homem,
mas é também muito jovem.
Discutimos por alguma razão
que ainda não consegui perceber.
Procurei prestar atenção e
soube do motivo da discussão:
ciúmes, o mal que destrói
qualquer relação, não importando
o quanto se ama e se existe
mutualidade nesse sentimento.
Num outro momento, percebi
que eu era atriz e espectadora:
ali, eu fazia dois papéis.
Em dado momento, levei um bofetão
e caí, não conseguindo levantar.
Daí em diante, outros atores
e atrizes surgiram no palco.
Quando percebi que aquele
era o teatro da minha vida
e o palco demonstrava 
tudo o que eu, em outros tempos
havia sofrido, foi que compreendi 
o quanto o ciúme é pernicioso e 
o porquê de tantos desencontros
ocorridos na minha vida. 
Aprendi que o ciúme não leva a
nada e resolvi dissipá-lo para
gozar a plena felicidade.
 
RJ, 29/03/12 
Maria Tomasia
Enviado por Maria Tomasia em 29/03/2012
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