AMOR INFIEL

Com o pincel embebido em meu sangue,
Pintaste o horizonte com ecos de morte.
De meus olhos persistem lágrimas infindas,
E em mim, caído, não restam mais esperanças.
                                                        Onde está teu ágape?


Com lâminas frias, navalhadas em teu ódio,
As quais usaste para me ferir o âmago da alma,
Extasiaste-te com os suspiros de minha dor,
Batizados com os suspiros da traição silenciosa.
                                                         Onde está tua verve?

Minha voz ainda ousa mendigar enlameada,
Alguma piedade da estripadora de sonhos,
No teatro macabro em que esconde sombras
Em máscaras estripadoras de um grande amor.
                                                         Onde está tua lealdade?

Assassinaste-me em doses contínuas de veneno,
Em meio a delírios e convulsões loucas de prazer.
Há um túmulo agora sobre o qual devo me deitar,
Fedendo à escuridão que implantaste em minha alma.
                                                          Onde está teu amor?

Péricles Alves de Oliveira
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)
Enviado por Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent) em 26/03/2012
Reeditado em 26/03/2012
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