Até quando?
Temo a ausência da tua saliva
Porque a textura da saudade agride e aliena.
Temo o tecido ressequido desse afastamento
Que rasga o peito feito uma unha que envenena.
Temo pela sanidade contorcendo as lembranças
E pela tamanha sensação de espera e demora.
Temo pela assustadora vontade de evaporar daqui
Feito as lágrimas que meu âmago chora
Quando minha Alma deixa de sorrir...
Temo desembestar feito uma fera que abocanha e sangra,
Afinal, qual é a criatura que suporta o gume da distância?
Teimo culminar com impacto no cacto da subordinação...