Até quando?

Temo a ausência da tua saliva
Porque a textura da saudade agride e aliena.
Temo o tecido ressequido desse afastamento
Que rasga o peito feito uma unha que envenena.

Temo pela sanidade contorcendo as lembranças
E pela tamanha sensação de espera e demora.
Temo pela assustadora vontade de evaporar daqui
Feito as lágrimas que meu âmago chora
Quando minha Alma deixa de sorrir...

Temo desembestar feito uma fera que abocanha e sangra,
Afinal,  qual é a criatura que suporta o gume da distância?

Teimo culminar com impacto no cacto da subordinação...


Cristina Jordano
Enviado por Cristina Jordano em 19/03/2012
Código do texto: T3563915
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