Mistérios.


Sobre o sal pastam as Garças
e os Flamingos do Lobito,
de rejada o vento passa
folheando os meus escritos.

Um dia no brindar das taças
eu conto o que sonhei contigo
enquanto isso o vinho relaxa
num decanter de vidro.

Tens nos teus encantos
a natureza presente,
os teus olhos teem palavras
que só um poeta entende.

Não é preciso coragem
para dizer–me o que sentes,
se não me dizes nada
o teu sim é o silencio.

Os teus misterios não são tantos
mas os poucos se ampliam,
a curiosidade me maltrata
enquanto o teu amor não me confia.

Quanto mais o tempo passa
diminuída fica a vida,
vamos dançar uma valsa
e dar ao amor as boas vindas.
Ulisses Maia
Enviado por Ulisses Maia em 18/03/2012
Reeditado em 18/03/2012
Código do texto: T3561010
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