Divíno Amor
Como é difícil amor o invisível, um amor escondido
com medo de amar. O Amor é o mistério da alma,
o lado oculto da lua, o sorriso fingido fingindo as
lágrimas nos olhos, escondendo a dor do peito,
trancafiando o grito e a única palavra que ecoa
de seu ser.
É um descontentamento descontente, é alegria
e solidão, é tudo e nada, obscurece os sábios,
contradiz a realidade, a sanidade.
Como é difícil fingir os segredos do coração,
fingir não ver, nada sentir, vendo apenas
seus olhos eclipsados falando em forma de
emoção, lágrimas e solidão.
No labirinto de sentimentos a palavra torna-se
expressão da alma que em chamas se embriaga
de prazer, mas falta uma fresta um espaço o
respeito a humildade.
Na pureza desse sentimento sobra hipocrisia,
déspotas, gente fria, paixões loucas puro desejo
sem valor sem coração.
Amor é cruz, é compaixão é redenção vida e
morte. É sangue que jorra da alma, dor que não
passa desatina sem doer. Seu espírito é o fogo
do altíssimo, é a luz na escuridão.
É por ela que vinhemos e pra ela que voltamos,
é a prova da nossa divindade que em forma de
partícula divína reflete no espelho a imagem de
Deus.
O filho do trovão não se esconde em falsas paixões,
não guarda orgulho, nem idade, nem sexo muito
menos religião.
Só o divíno amor faz brotar do coração bondade,
graças, gratidão e compaixão pois uma videira não
pode dar abrolhos e nem abrolhos videiras.