Divíno Amor

Como é difícil amor o invisível, um amor escondido

com medo de amar. O Amor é o mistério da alma,

o lado oculto da lua, o sorriso fingido fingindo as

lágrimas nos olhos, escondendo a dor do peito,

trancafiando o grito e a única palavra que ecoa

de seu ser.

É um descontentamento descontente, é alegria

e solidão, é tudo e nada, obscurece os sábios,

contradiz a realidade, a sanidade.

Como é difícil fingir os segredos do coração,

fingir não ver, nada sentir, vendo apenas

seus olhos eclipsados falando em forma de

emoção, lágrimas e solidão.

No labirinto de sentimentos a palavra torna-se

expressão da alma que em chamas se embriaga

de prazer, mas falta uma fresta um espaço o

respeito a humildade.

Na pureza desse sentimento sobra hipocrisia,

déspotas, gente fria, paixões loucas puro desejo

sem valor sem coração.

Amor é cruz, é compaixão é redenção vida e

morte. É sangue que jorra da alma, dor que não

passa desatina sem doer. Seu espírito é o fogo

do altíssimo, é a luz na escuridão.

É por ela que vinhemos e pra ela que voltamos,

é a prova da nossa divindade que em forma de

partícula divína reflete no espelho a imagem de

Deus.

O filho do trovão não se esconde em falsas paixões,

não guarda orgulho, nem idade, nem sexo muito

menos religião.

Só o divíno amor faz brotar do coração bondade,

graças, gratidão e compaixão pois uma videira não

pode dar abrolhos e nem abrolhos videiras.

Arthur Luz
Enviado por Arthur Luz em 28/02/2012
Reeditado em 07/03/2012
Código do texto: T3525750
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