VIAGEM SEM VOLTA
O barco vai embora,
e o mar sempre fica...
um mar que guarda,
fábulas tão lindas...
e deitado em seu leito,
sob nuvens infindas,
marulha uma ternura,
de quem esteve lá.
Um barco que segue,
que se apaga ao longe,
onde minha voz
não se faz ouvida,
faz-se presente a saudade
como despedida,
quando aperto meu olhar
e só ele abrange.
O barco aportará
mas,em um outro cais,
onde não estou eu
nem os meus delírios,
lugar em que
o amor abraça o exílio
talvez se auto-flagele
e, não volte mais.
Vitoria Moura 28/02/2012
Ma Vie