Quando...
E quando eu tropeçava nas minhas penas e versos de quase nada
Na esquina mais próxima eu caía e recitava mais um
E quando eu caminhava em passos trocados
Em caminhos estreitos e desviados
E quando todo tempo pra mim era sem sombra
Sem você do lado
E quando todo vento quente me soprava a alma
E era inferno por dentro e maltratava por fora
E quando eu desenhava você sem ideia real
E conversava com o que não existia e era só o que eu sonhava
E quando eu cantava todo fim de tarde
E você não me ouvia...
E quando eu dizia que seria mais
O tempo me contrariava e me mostrava mais ausência
E quando ficava ausente de mim mesmo, inerte, sem voz e vez
E quando eu te vi passar a porta
Desenhada e só
Eu já sabia que o "quando" chegara
E que minha memória tão rasa de amor
Estivera cheia de tudo, de você
Que hoje é meu mundo