DESENCONTROS
O meu pranto é um qualquer
Pranto de amor por uma mulher
Uma mulher que um dia me encantou
Uma mulher, um anjo, um amor
O meu pranto não quer cessar
Não quer dormir, nem mesmo sonhar
Vai seguindo seu rumo, seu rio
Vai descendo a noite, passando pela madruga, sozinho no frio
O meu pranto não quer me escutar
Só quer sofrer, não quer calar
Fala quando eu silêncio, grita quando eu falo
Ah! Em razão deste pranto, eu não me calo
Nesta luta desigual eu sempre perco
No peito me corrói este aperto
É a solidão a nossa companhia
É o nosso testamento esta poesia
Sonho, sorriso e dor, tudo se mistura
Fantasia, romance, desespero, a eterna procura
Entre o frio e o calor
Entre esta amargura, não sei o que é mais o sublime amor!