DESENCONTROS

O meu pranto é um qualquer

Pranto de amor por uma mulher

Uma mulher que um dia me encantou

Uma mulher, um anjo, um amor

O meu pranto não quer cessar

Não quer dormir, nem mesmo sonhar

Vai seguindo seu rumo, seu rio

Vai descendo a noite, passando pela madruga, sozinho no frio

O meu pranto não quer me escutar

Só quer sofrer, não quer calar

Fala quando eu silêncio, grita quando eu falo

Ah! Em razão deste pranto, eu não me calo

Nesta luta desigual eu sempre perco

No peito me corrói este aperto

É a solidão a nossa companhia

É o nosso testamento esta poesia

Sonho, sorriso e dor, tudo se mistura

Fantasia, romance, desespero, a eterna procura

Entre o frio e o calor

Entre esta amargura, não sei o que é mais o sublime amor!

Angelo Lima
Enviado por Angelo Lima em 28/02/2012
Reeditado em 28/02/2012
Código do texto: T3524719
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