De Frente Para O Mundo...
Lucan ouça,
O senhor sempre me orientou que eu não assistisse televisão antes de ir dormir
Porque um dia eu ia acabar vendo a maldade do mundo e não ia mais sorrir
Mas eu não obedeci nem ao senhor e nem aos meus pais
Eu achava que o espírito da poesia protegeria de tudo a moça de Batatais
Infelizmente não foi assim não
De tanto tremer eu tentava mais não conseguia apertar o controle remoto ali na minha mão
E vi um carneirinho ser pendurado vivo por uma corda no telhado
Arrancado todo o seu couro e o sangue escorrendo deixando o chão manchado
E o pobrezinho em carne viva berrava de dor
Nessa hora eu me senti culpada por escrever e ainda acreditar no amor
Ao ver o animalzinho naquela agonia
Eu te juro que apertava o controle remoto mais ele não me obedecia
Parecia que eu tinha que ver
Eu tinha...eu tinha que aprender
E a medida que ele foi agonizando
As lágrimas escorriam por fora mais era dentro de mim que senti chorando
Até que em profundo sofrimento ele morreu
E eu me revoltei querido Lucan
Contra o Homem e até contra Deus
Perdi totalmente a razão
Quando eu finalmente enxerguei como o mundo realmente é pela tela de uma televisão
Perambulei descalça pela casa mais o sono não vinha
Uma angústia e uma dor no peito
Uma insônia só minha
O senhor disse que toda vez que escuressesse o coração de Raquel
Que eu rezasse bem quietinha
"Pai Nosso que estáis no céu..."
Mas nem isso eu fiz
Porque acho que não sei nem mais rezar
Sentei naquela mesinha de canto
Minha letra é todo o meu pranto
Caneta...papel e a mão na fronte a pesar
Deus eu quero e eu preciso desabafar
Me entrego a poesia como a alma mais devota se põe a rezar
A medida que escrevo meu peito começa a aliviar
Me deito naquela escuridão e as pálpebras começam a pesar
A matéria sob o cobertor
Num canto do quarto ...um Mentor
Vem até mim aquela sensação envolvente de paz
Como se ao redor do meu leito viessem todos os animais
Finalmente adormece a moça de Batatais...
Lucan ouça,
O senhor sempre me orientou que eu não assistisse televisão antes de ir dormir
Porque um dia eu ia acabar vendo a maldade do mundo e não ia mais sorrir
Mas eu não obedeci nem ao senhor e nem aos meus pais
Eu achava que o espírito da poesia protegeria de tudo a moça de Batatais
Infelizmente não foi assim não
De tanto tremer eu tentava mais não conseguia apertar o controle remoto ali na minha mão
E vi um carneirinho ser pendurado vivo por uma corda no telhado
Arrancado todo o seu couro e o sangue escorrendo deixando o chão manchado
E o pobrezinho em carne viva berrava de dor
Nessa hora eu me senti culpada por escrever e ainda acreditar no amor
Ao ver o animalzinho naquela agonia
Eu te juro que apertava o controle remoto mais ele não me obedecia
Parecia que eu tinha que ver
Eu tinha...eu tinha que aprender
E a medida que ele foi agonizando
As lágrimas escorriam por fora mais era dentro de mim que senti chorando
Até que em profundo sofrimento ele morreu
E eu me revoltei querido Lucan
Contra o Homem e até contra Deus
Perdi totalmente a razão
Quando eu finalmente enxerguei como o mundo realmente é pela tela de uma televisão
Perambulei descalça pela casa mais o sono não vinha
Uma angústia e uma dor no peito
Uma insônia só minha
O senhor disse que toda vez que escuressesse o coração de Raquel
Que eu rezasse bem quietinha
"Pai Nosso que estáis no céu..."
Mas nem isso eu fiz
Porque acho que não sei nem mais rezar
Sentei naquela mesinha de canto
Minha letra é todo o meu pranto
Caneta...papel e a mão na fronte a pesar
Deus eu quero e eu preciso desabafar
Me entrego a poesia como a alma mais devota se põe a rezar
A medida que escrevo meu peito começa a aliviar
Me deito naquela escuridão e as pálpebras começam a pesar
A matéria sob o cobertor
Num canto do quarto ...um Mentor
Vem até mim aquela sensação envolvente de paz
Como se ao redor do meu leito viessem todos os animais
Finalmente adormece a moça de Batatais...