Um Minuto De Solidão


Nas tardes de verão onde o sol é quente
Do mundo mais uma vez ela vai esconder o que sente
Ouve-se ao longe o barulho da água correr
Que o romantismo dentro dela nunca venha a morrer
A barreira de pedras forma uma lagoa de água cristalina
Vem Raquel...
Mergulhe com toda a sua feminilidade de menina
Abra os olhos e olhe a sua volta como tudo é belo
Dispense as roupas e o chinelo
Vá entrando na água bem devagarinho
Que essa água em contato com seu corpo te faça sentir o que é carinho
Abra os braços como se suas mãos pudessem atingir os extremos
Vá andando em linha reta até a água encobrir todo o seu corpo moreno
Não sinta tanta tristeza
Você é feita da mistura da poesia e da natureza
Se incline e molhe os seus longos cabelos olhando ofuscante para o céu
O amor que você procura nunca vai te achar aqui Raquel
Então boie como se entregasse ao sol todo o seu calor
Não tenha medo de flutuar moça
Chega de tanto receio e tanto pudor
Mergulhe na poesia como se pela primeira vez fizesse amor
A mata siliar onde há exuberância demais
Protegerá com cuidado toda a sensualidade da moça de Batatais
E se no meio dessa lagoa sentir por um minuto solidão
Por favor moça não derrube nenhuma lágrima não
Dê um suspiro profundo
E mergulhe feito uma sereia até o fundo
Aquele fundo que você conhece tão bem
Pois é dele que emergirá a moça que só abre os olhos para o bem
Porque aquele que te engana sofre por dentro também
Nessa vida sem amor ninguém é ninguém
Agora você é só uma moça nua nadando a deriva
Mas quando sair daqui voltará a ser uma moça acima de tudo leal nessa vida
Hoje não tem príncipe e nem castelo
Apenas todo o sentimento 
Da moça que descobre poesia num simples chinelo...



                                            




Raquel Cinderela as Avessas
Enviado por Raquel Cinderela as Avessas em 05/02/2012
Reeditado em 05/02/2012
Código do texto: T3482148