Amor, grande amor...
Falo de amor por achar
que tenho um coração,
um coração que pulsa
as baladas nostálgicas
dos meus sentimentos.
O calor que sobe
do seu beijo me
prova que o inferno
pode não ser tão ruim,
e que o pecado da carne é,
na real, uma benção dos
deuses...
E como outrora despia
o bem-me-quer, aludindo-me
a sua imagem, hoje
rasgo sua pele para me
impregnar de você.
Amor, grande amor,
nessa luta selvagem,
rendo-me aos seus
devaneios e ajoelho-me
perante sua soberania!