PAPEL AMARELADO
Em uma gaveta qualquer,
encontrei um pedaço de papel sem data,
todo ele amarrotado e amarelado,
onde ainda se podia ler - eu te amo!
Enquanto ele rodava entre os dedos,
retrocedi no tempo como o lampejar
de um raio, e rapidamente passei
a contemplar o que juntos perdemos.
Revivi também, no avigorar
dos pensamentos, que os dias maus,
começaram quando consetimos
que a névoa espessa da vida,
cobrisse os olhos da esperança...
A partir daí, não se viu mais
aquele sentimento que enfeitou
o nosso mundo.
Nossos achegos deixaram de existir,
como os abraços e beijos,
aqueles mesmos que foram guardados
com meiguice somente pela história.
Os sonhos que até então
eram compartilhados,
passaram a subsistir em
estradas separadas.
Ao voltar para a realidade,
o papel amarelado fora esmagado,
não por maldade, mas
por saudade de um passado...
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