APRENDER A DESAMAR.
Para que preciso amar?
Para sentir o sangue rompendo
a minha razão?
Ou para fazer meus olhos
enxergarem a nudez
da escuridão?
Amar para quê?
Para virar mendigo
da sua vida?
Ou simplesmente para ser
sua cara arrependida?
Amar novamente?
Para sentir outra vez
o punhal do destino
sentenciando-me à
solidão?
Amar?
Não quero ser notícia
de abandono,
tampouco quero ser
um rei destituído de
seu trono.
Amar dói desde
a unha do pé até
a última estrela
do céu.
E fere desde a raiz
do cabelo até
o verme do subsolo.
Amar nunca será preciso.
Todavia, para eu deixar
de amar, preciso aprender
a ‘desamar’...