Amor Quente

Amor Quente

Arapongas , 13/12/2011 16:54

Olho para o céu, e digo “Mas que calor”

Olho para o decote daquela menina e pergunto “Para onde foi o amor”

Eu fui feito para viver no frio, sobreviver ao Rio

Mas nunca deixei que meu coração ficasse sombrio

Sou apenas um estudante, com ideias elegantes

E você uma mocinha, com esses shorts colantes

Meu coração bate forte, pra você ver

Ele explode de amor, mas não por você

Andando de bicicleta, vem pela calçada uma linda boneca

De pele branquinha, de corpo delicado

Sucumbindo ao intenso calor que faz sobre nossas cabeças

Ela cumprimenta-me de forma triste, mas de um jeito educado

E como eu disse antes, aqui está muito calor

Peço á ela um abraço só pra disfarçar minha dor

E mesmo suando, ela me envolve em seus frágeis antebraços

Me aperta de leve e com sua mão em minhas costas, cria laços

E de maneira elegante, deslizo meu rosto junto ao dela

Sentido o calor emanante de sua face tão macia e aconchegante

Mas, mas uma vez, ainda está calor, sinto sua sede de ser feliz

Deixo a bicicleta em um canto, volto a abraça-la, e faço o que sempre quis

Sem pergunta o seu nome, olho direto nos olhos dela

Raspo de leve meu nariz contra o seu nariz afeminado

Encosto meus lábios nos dela sem ter medo de ser recriminado

E surpreendentemente ela me deixa, sem se importar com o resultado

E nos seus caloroso lábios, que devem estar mais quentes que fogo ardente

Sinto algo refrescante, molhado, gelado , delicado, e envolvente

Sua língua que quer sair de sua boca, atravessar seus lábios e entrar na minha

Não sei se é por amor ou para fugir do calor, mas decido aceitá-la de mansinha

De sorrateiro ela desliza, sobre meus lábios enquanto me envolve com suas mãos

Eu a abraço e sugo toda a sua força feminina, como se ela fosse a ultima mulher da terra

Saboreio o frescor que tem em sua boca, o único ponto que é gélido neste momento

Nesta hora em que a cidade inteira se incinera aos quarenta graus, nosso sentimento berra

E não faço pouco caso de suas apaixonadas caricias

Por que meu coração que sobrevive até a marginalidade do Rio

Pode suportar a perca desse momento tão envolvente

Esse momento que nunca acontecerá, a não ser que você tente

Helder Henrique do Nascimento Peres 17:24

Helder Henrique
Enviado por Helder Henrique em 13/12/2011
Código do texto: T3387127
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