Manhã.
Quero colher dessas flores de ti
Sorver desses teus ares primaveris
Beijar-te como quem pousa o mel no bico
do beija-flor
Quero ofertar-te meu ser
Esse tão pobre viver
Esse inócuo de mim
Esse tão raro prazer
E quero tua vida pra mim
E deixar então, enfim
De ser tão somente um corpo vazio.