A Tua estranha forma de estar…
Tu costumavas ficar
A observar comigo
O adverso
O teu
E o que a ele se iria seguir
Tu costumavas ficar
A falar
Até que te enchias das tuas próprias palavras
E partias
Para a ti própria regressares…
Vestida de escuridão
Das cores das trevas que te consumiam
E que na minha companhia procuravas desanuviar
Para quando o copo estivesse vazio
Repetires o final adivinhado
E te ausentares
Embora eu te pedisse em silêncio
Para ficares…
Porque quando estavas falavas
E fingias apenas que me ouvias
Eu até podia falar alto
Mas não me sentias
Eu podia até gritar
Mas calavas esse som
Com o brilho do teu olhar
Para eu te dar lugar
Para continuares a falar
Eu podia dizer que te amava
Mas esse seria mais um motivo para te ausentares
Altura em que partias para o mundo
Para te voltares a encher de demónios
Voltando então mais tarde
Mas apenas e tão somente
Para eu os exorcizar…