Fim dos Dias
Nosso amor está intacto.
Transfigura o que já foi
um dia um pacto.
Juras de amores sagrados.
Que foram esquecidos
como um velho pergaminho
a centenas de anos perdido
no Egito.
Transpassei tempestades de areia.
Sobrevivi ao canto das sereias.
Que tentavam me arrastar para
o fundo do mar.
Submergi e andei pelas águas.
Nos céus mergulhei em nuvens
de fumaça.
Distanciando-me de tudo que me desviava.
Roupas e fotos corroídos pelas traças.
Lembranças passadas de tempos que
não voltaram mais.
Serão os fins dos dias?
Acreditei que o amor me salvaria.
E quando a noite devagar chegasse
você viria e da minha ansiedade
me tiraria.
Quem me julgaria?
Sou réu confesso do amor.
Quem me prenderia?
Se a intenção desse amor
Já me libertou para a imensidão
da paixão e da alegria?