Fim dos Dias

Nosso amor está intacto.

Transfigura o que já foi

um dia um pacto.

Juras de amores sagrados.

Que foram esquecidos

como um velho pergaminho

a centenas de anos perdido

no Egito.

Transpassei tempestades de areia.

Sobrevivi ao canto das sereias.

Que tentavam me arrastar para

o fundo do mar.

Submergi e andei pelas águas.

Nos céus mergulhei em nuvens

de fumaça.

Distanciando-me de tudo que me desviava.

Roupas e fotos corroídos pelas traças.

Lembranças passadas de tempos que

não voltaram mais.

Serão os fins dos dias?

Acreditei que o amor me salvaria.

E quando a noite devagar chegasse

você viria e da minha ansiedade

me tiraria.

Quem me julgaria?

Sou réu confesso do amor.

Quem me prenderia?

Se a intenção desse amor

Já me libertou para a imensidão

da paixão e da alegria?

Renato Rodrigues
Enviado por Renato Rodrigues em 20/11/2011
Código do texto: T3346361
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