TARDE NUMA PRAIA

O pôr do sol era vermelho

e numa linha do horizonte

eu enxergava seu rosto

por detrás da nuvem poente.

Sorrindo estava no alto céu

e do mar vinha uma melodia

ligada a sua voz doce e angelical.

Era uma voz que misturava o canto

de um pássaro místico e raro,

de uma cachoeira de rios de ouro,

uma sereia bonita e surreal de encanto

fluido, calmo e sereno.

Tu vinhas do mar e eu não sabia

se tudo que via era um sonho

uma saudade da capital,

um amor incontido...

Porém te via e quando dei por mim

já não havia horizonte nem mar ou praia,

tudo era uma extensão maravilhosa

dos teus braços e lábios

de toda natureza e cor.

Então que cada sentimento

antes somente linhas

do meu caderno de poesias

saltaram sobre o mundo e fizeram estrelas

e meu coração se alegrou infinitamente

por poder mesmo sozinho naquela praia

te enviar um pouco desse horizonte

ou dessa noite de amor e saudade

que eu não sei distinguir se era sonho.

(Do Livro "AMOR EM S")

Diego Duarte
Enviado por Diego Duarte em 16/11/2011
Reeditado em 17/10/2012
Código do texto: T3338981
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