TARDE NUMA PRAIA
O pôr do sol era vermelho
e numa linha do horizonte
eu enxergava seu rosto
por detrás da nuvem poente.
Sorrindo estava no alto céu
e do mar vinha uma melodia
ligada a sua voz doce e angelical.
Era uma voz que misturava o canto
de um pássaro místico e raro,
de uma cachoeira de rios de ouro,
uma sereia bonita e surreal de encanto
fluido, calmo e sereno.
Tu vinhas do mar e eu não sabia
se tudo que via era um sonho
uma saudade da capital,
um amor incontido...
Porém te via e quando dei por mim
já não havia horizonte nem mar ou praia,
tudo era uma extensão maravilhosa
dos teus braços e lábios
de toda natureza e cor.
Então que cada sentimento
antes somente linhas
do meu caderno de poesias
saltaram sobre o mundo e fizeram estrelas
e meu coração se alegrou infinitamente
por poder mesmo sozinho naquela praia
te enviar um pouco desse horizonte
ou dessa noite de amor e saudade
que eu não sei distinguir se era sonho.
(Do Livro "AMOR EM S")