A CLAREZA DO TEU ROSTO
A luz,
a impactante luz
depois de esgarrar-se
das estrelas
perfura
o índigo-negro
do pano sideral
ao grafitar
nos tantos
mundos
uma cor cega, nesga de
aconchego
rumorosa,
margeia a face prata
da lua
d’onde foge impoluta às suas
teias
e pousa solene
na clareza do teu
rosto
justo às maçãs tenras
vermelhas
e tesas
nessa noite quase-quente quase-inteira
(levezas
de agosto...)