Andavas por onde, tu?
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E tu andavas onde?
Com que permissão
afastastes-te de mim
deixando o medo
a incerteza crua
a sombra da parca luz
os vultos assombrosos
Andavas por onde, tu?
Deixando-me fria e nua
no gelo da indiferença
o peso da dependência
a falta de liberdade
de não saber mais
quem sou eu, não sendo
tão somente tua
Por onde andavas tu?
Que já se fazia tarde!
m.raposo*