Um Violão Na Madrugada
Antigamente as moças românticas recebiam serenatas
Hoje compõem com o violão nas tórridas madrugadas
Encostam junto ao seio aquela fria e inerte madeira
Tiram das cordas poesia que traduzem uma ilusão derradeira
É inevitável
Os versos de amor me acompanharão pela vida inteira
Busco no silêncio da noite a inspiração
Mas é nas madrugadas frias
Que manhosa descubro que não sou menina mais não
Transformo dor em canção
Onde gemidos de dor se transformam em gemidos de paixão
Nessa noite como testemunhas apenas as tímidas estrelas do céu
Se você fosse um violão
Agora estaria refastelado nos carinhosos braços de Raquel
E sob a luz da lua que candidamente nos ilumina
Inverteria tudo
Fazendo você ter nos braços essa menina
Presa a ti como um violão
Boca seca
Corpo trêmulo
Olhos marejados de paixão
Porque dentro de mim o romantismo é cativo da minha sedução
E nessa junção que só a poesia é capaz
O velho violão se transforma num simples rapaz
Que me toca seresteiro
Espalha meus negros cabelos pelo bordado do travesseiro
E ao tocar meus lábios carmim sem batom
Ouve no meu silêncio inudíveis sons
Pela noite adentro ouço sua voz dizendo que me ama demais
Cansada eu me aninho no seu peito
E meio tímida quase sem jeito
Eu confesso em cima do leito
Que dos braços dele não sairei jamais
Nessa noite é sua toda a minha melodia
Psiu! Silêncio para não acordar meus pais
Seu violão até o raiar do dia
Será a moça de Batatais...
Antigamente as moças românticas recebiam serenatas
Hoje compõem com o violão nas tórridas madrugadas
Encostam junto ao seio aquela fria e inerte madeira
Tiram das cordas poesia que traduzem uma ilusão derradeira
É inevitável
Os versos de amor me acompanharão pela vida inteira
Busco no silêncio da noite a inspiração
Mas é nas madrugadas frias
Que manhosa descubro que não sou menina mais não
Transformo dor em canção
Onde gemidos de dor se transformam em gemidos de paixão
Nessa noite como testemunhas apenas as tímidas estrelas do céu
Se você fosse um violão
Agora estaria refastelado nos carinhosos braços de Raquel
E sob a luz da lua que candidamente nos ilumina
Inverteria tudo
Fazendo você ter nos braços essa menina
Presa a ti como um violão
Boca seca
Corpo trêmulo
Olhos marejados de paixão
Porque dentro de mim o romantismo é cativo da minha sedução
E nessa junção que só a poesia é capaz
O velho violão se transforma num simples rapaz
Que me toca seresteiro
Espalha meus negros cabelos pelo bordado do travesseiro
E ao tocar meus lábios carmim sem batom
Ouve no meu silêncio inudíveis sons
Pela noite adentro ouço sua voz dizendo que me ama demais
Cansada eu me aninho no seu peito
E meio tímida quase sem jeito
Eu confesso em cima do leito
Que dos braços dele não sairei jamais
Nessa noite é sua toda a minha melodia
Psiu! Silêncio para não acordar meus pais
Seu violão até o raiar do dia
Será a moça de Batatais...