O Guarda Costas



Num dia qualquer por acaso liguei a televisão
Vi fome, greve, descaso e muita corrupção
Entristeci porque não é isso que fomenta meu coração
Se eu não posso mudar o mundo então que pelo menos eu espalhe nele um pouco mais de paixão
Procurei um filme daqueles que mulher romântica sempre gosta
Na medida certa para mim encontrei " O Guarda Costas "
Fiquei ali perdida entre as almofadas do sofá
Assistindo passivamente Kevin Costner a moçinha em perigo no colo carregar
Ela se recostou nele cheia de dengo e medrosa
Enquanto meu cachorro via escorrer lágrimas pelo rosto da romântica moça da roça
Quando ele foi beijá-la me agarrei a uma caixa de lenços de papel
Fechei os olhos como se o guarda costas tocasse nos lábios de Raquel
Enquanto ela se debatia furiosa como se disesse não me solte por favor
Ele a segurava nos braços e sem piedade lhe dava um beijo simplesmente arrebatador
Deixando a moçinha sem fôlego e brava demais
Ergue a mão para esbofetiá-lo a moça de Batatais
Mas ágil ele segura as mãos da indefesa moça a prendendo contra a parede
Descontrolada eu derrubo toda a pipoca no tapete
Não tem blablablá e nem nenhuma mísera explicação
Os olhos dela dizem sim mais da rouca voz só sai não
Só um beijo voluptuoso põe fim a qualquer discussão
Sempre impecável de terno e paletó
Mais que proteção ele nunca a deixa se sentir só
Esta sempre numa espreita qualquer
Vendo a menina aos poucos se transformar em mulher
Imaginava que ela só tagarelava e usava salto
Até vê-la chegando assim tão destemida
Romântica, inocente e atrevida
Encostando ele na parede e dizendo mãos ao alto
Sorrindo maliciosa como abelha que promete o mel
O ministério da poesia adverte:
Perigo é ser o guarda costas dessa Cinderela chamada Raquel...






                                                      
                               

                                                              

 

Raquel Cinderela as Avessas
Enviado por Raquel Cinderela as Avessas em 29/09/2011
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