Como Anjos...
Caídos
Em nós
Ou em qualquer lugar comum
Caídos em desgraça
Caídos um pelo outro
Sem asas
Sem nada
Na ténue fronteira
Que separa o céu do inferno
A sanidade da loucura
Caídos sem dúvida
Mas jamais perdidos
De certa forma achados
Caídos sem dúvida
Mas jamais derrotados…
Buscando a razão
Que se escondia por detrás das estrelas
Por detrás de um mero olhar
Querendo partir
Mas sabendo
Que teríamos que ficar…
No dealbar da mais dura realidade
Disfarçada
Por uma ilusão bem assumida
Forma de alienação
Que tínhamos
Para de alguma forma conseguirmos sobreviver
Porque essa era a forma
De tocando
Sorvendo as coisas
O que éramos
Entre uma forma bem distinta de trevas
Conseguirmos
E continuarmos a ver…
Podem eventualmente
Quando o tempo passar
Chamar a tudo isto
Amor
Mas eu digo apenas
Que éramos somente anjos sem asas
Que tentávamos voar
Éramos apenas anjos não assumidos
Só anjos
Porque de outra palavra
Para nos definir
Francamente não me consigo lembrar…