QUEBRADEIRAS DE COCO
Escrito entres nuances desenhadas
Da bela fonte de inspiração
Nas mãos calejadas do machado
No ar seco no sertão
Esculpido pela natureza
Os pés de babaçu fazem a alimentação
As moças tornam-se velhas
Por trabalho e ingratidão
Na mão o balaio e o facão
Adentrando fazendas, sem permissão
Cortam as cercas e arames
Prá buscar alimentação
Sem ódio e nem rancor
Todos os dias elas vão
Cantando suas melodias
Sem ritmo, sem noção
Pegam os cocos nas alturas ou caídos no chão
Com um machado os quebram
Faz-se o mutirão
De mulheres batalhadoras
Aqui do meu sertão
Não existe pobreza, a miséria que assola
Este povo é feliz
Que mesmo na miséria, não chora.