Beijo Com Gosto de Poesia



Atrás de uma mesa repleta de papel
Nenhuma lembrança nem fotos de Raquel
Na correria do dia ele enfrenta a escassez do tempo e problemas
Dividendos e compromissos afastam as mãos dele dos cabelos da morena
Mas depois da loucura extenuante do dia a dia
O que ele mais quer é um beijo com gosto de poesia
Sempre acostumado com cobranças exageradas e banais
Procura a paz dos braços da simples moça de Batatais
Tira os sapatos e não dispensa o café
Se arrepia inteiro quando recebe das mãos dela um gostoso cafuné
Diz meio encabulado
Nada como um café feito no coador de pano
Que ninguém saiba mais do meu jeito eu a amo
Até esqueçe que ela é uma moça da roça
Quando ela se enrosca nele como uma gatinha manhosa
Pelo sim e pelo não
Fica esperando sempre que ela peça ou exija alguma explicação
Dê xilique mais sua espera sempre é em vão
Porque explodir ela explode sim
Mas explode de paixão
Onde respinga partículas de amor do teto ao chão
Tanto faz se é dia ou se é noite
Feliz da mulher que no lugar do coração bate um descompassado açoite
Se ela me ama porque nunca diz?
Para que palavras
Se aninhada nos seus braços sempre adormeço sorrindo feliz
Me pede com carinho que alguns conceitos de homem eu reveja
O amor é sublime
Pode até machucar mais nunca ser uma eterna peleja
Me olha misteriosa quando num ímpedo eu a pergunto:
Moça onde esta essa tal felicidade que tanto se almeja ?
Sem perguntas tolas...só tranque a porta e me beija
É como se me perguntasse quantas estrelas existem na imensidão do céu
As outras são as outras 
Eu não sou nem melhor nem pior
Sou apenas Raquel...


 
Raquel Cinderela as Avessas
Enviado por Raquel Cinderela as Avessas em 13/09/2011
Reeditado em 13/09/2011
Código do texto: T3217316