NOSSA HISTÓRIA PARTE II
NOSSA HISTÓRIA PARTE II
Estava eu diante da minha batalha...
Entre o conluio de meu cérebro e a vontade de conhecer
Contra o marasmo da mesmice e, ser o que nunca quis ser.
Meus pensamentos rasgavam-me como uma afiada navalha
As opções despreparavam-me para longe de ti
Fui ser o que quis, e fazer o que nunca fiz...
Mas não esqueci, lá estava eu,... Grávido de ti.
Na paixão, jamais o desejo pode ser maior que o desejado.
Prolífico no meu inferno...
Sabia que o céu não cabe um inferno.
Quem nunca amou, jamais amará a dor de amar
A dor do amor... Veio me amar.
E desejei me apaixonar, pelo desejo de ser desejado.
Conheci culturas que nunca imaginei imaginar
Pessoas que não queriam... Querer-me
Mas aprenderam... Ter-me
Li o que os estudados jamais lerão
Violei todo tipo de violação
E me saciei em cálices que me deixaram adentrar.
Entretanto, no meu desterro interior
Estava pagando com o meu labor
O abandono da batalha anterior.
Se soubesse o que sei agora...
Se sentisse o que sinto agora...
Se persistisse no amor de outrora...
Talvez não aprendesse o que aprendi mundo afora
E o divorcio desarmonizaria nossas almas com destemor.
Fiz o meu próprio tempo... Estou só
Não posso mais voar dentro dos teus ventos
E banir todos àqueles bons momentos.
Acostumei-me com meus inventos
O arrependimento arma-me nesses tempos.
... Exumo-me sem dó.
Procurei-te em triplas oportunidades
E achei que queria esterilizar nossas saudades.
Por isso não mais te roguei na vida minha
E desprezei os desesperos que tinha.
Ooohhh!!! Minha máquina de pavor
Faça-me esquecer todo esse fautor.
Como será que ela estava?
O que estaria fazendo?
Será que amava outro amado assim como nunca fui amado?
As interrogações não satisfaziam minhas exclamações
E nessas interrupções drogava-me nas interjeições.
A paciência calava...
Vivia morrendo...
E a sobriedade me acamava como nunca fui acamado.
O caos que me e que te aborreça, diante de todas as perspectivas
Ainda que distantes... Estávamos próximos
Os sentimentos uniam-nos incompreensivelmente.
Que o amargor não me entristeça, e que tu não percas as expectativas
Somos cristais brilhantes... É nosso exórdio.
Donos das incapacidades casaram capazes, incompreensivelmente.
A volubilidade da vida estria minhas feridas
Para que não esqueça que me são benditas.
O sulco que fez no peito
É meu remédio sem efeito.
No alfabeto que aprendi
Serve para te dizer que não te esqueci.
Mas se tudo que passamos nos fizer desperdiçar o pouco que temos...
... Será que nos merecemos?
Não quero mais a liberdade que queria tempos atrás
Almejo uma prisão... Meu cárcere sagrado
Resigno-me nessa condenação.
Quero por ti ser tragado
E sossegar no teu colo como desassossegava anos atrás.
CHICO DE ARRUDA.