O Paraíso do Amor

Olhei fixo para o horizonte perdido.

Nada nele vi a não ser a solidão e tristeza.

A sua beleza foi roubada sem alivio.

Toda incerteza medida em palavras.

Ínferas madrugadas de insônia.

Imaginando um amor que jamais

Apresentar-se-ia.

Então pedi que a lua escondesse o sol.

Um segundo da locomoção de um eclipse.

A noite refreou o dia e o ocultou.

Tornado a noite longa para minha viagem.

Chegou a hora e antes que eu partisse

o meu coração se apossou da sua voz

que acariciavam os teus doces lábios.

E me lancei ao mar em correntes eternas.

Piratas me resgataram levando-me embora.

Comecei a minha busca em mares de guerras.

Busquei toda verdade em minha alma serena

Para justificar este imenso amor mundo a fora.

O navio naufragou nos dias esquecidos na memória

Frases ditas e escritas em tinta forjada na paixão.

Amar desse jeito seria a maneira mais imprópria.

Mas de um jeito impossível de tirar do coração.

Embrenhei-me por matas silvestres.

Por montanhas, vales, desfiladeiros e serras.

Em busca do paraíso perdido do amor.

Jardins floridos onde as flores se curvavam

com suas confinas cores e seus gostosos odores.

Lindo jardim perdido dos poetas.

Vale dos amores guardados.

Banhados por cachoeiras virgens

de céu azul e musica suave no ar.

Abri os portões do castelo de cristal.

Onde iria guardar a dor por tanto amar.

Peguei a chave da ilusão e abri a arca

de ouro puro a brilhar.

Depositei meu coração com o nome

Dela gravado em rubi e esmeraldas.

E ao sair pelos portões anjos choraram

Em cima de nuvens chovendo arrependimento

do que havia restado em minha alma.

Ao sair do paraíso percebi que sem meu amor

eu não mais existia, e a única saída seria morrer.

Somente morrendo poderia nascer novamente

E assim repudiaria toda a minha imensa dor.

Pois sem você não suportaria.

A beira do abismo dei o ultimo suspiro.

Gritei teu nome na imensidão do destino.

Ecoou minha voz o teu nome lindo.

E não cessou em meus ouvidos nunca mais.

Pude então pular no abismo em paz.

E caindo fui me desfazendo aos poucos.

Na temática dos dias que se passaram.

Em que percebemos que tudo que fomos

E quem somos é a soma do quanto amamos.

E nós entregamos por inteiro a esse amor.

Quase no fim do abismo eu era a tristeza

de uma temida tempestade cinza.

E das cinzas eu renasci em chamas

Incandescentes dessa verdadeira paixão.

Agora sou fogo que queima em brasa

Amor que na incerteza dos dias jamais

Apaga-se.

Fênix que alcançou os céus livre

só pela força do amor que sinto

aqui dentro do meu peito.

Quando o fogo da fênix se dissipou

Abri meus olhos e a vi tão linda.

Um beijo seu me levou de volta

ao paraíso.

Quero ficar bem aqui com você

Pois sempre irei te amar

E querer ver o seu sorriso.

Renato Rodrigues
Enviado por Renato Rodrigues em 19/08/2011
Código do texto: T3168651
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