Mais que imperfeito amor

Deixa que eu me embriague em tuas lágrimas

despejadas em meu cálice de cristal.

E beberemos juntos,

eu, tuas lágrimas,

tu, a saliva do meu manancial.

Nem sei a causa desse desejo

de inquietar-te, debochando tuas queixas

ou profanando tuas promessas

nos mais impudicos versos.

E por arisca, me arrisco a escavar

até o fóssil do mais antigo pensamento teu...

E tudo se esvaece ao cair a tênue máscara,

esta que a ti mantém cativo,

fortaleza de ocultas angustias.

Dessa maneira singela te desnudo

de tua mortalha fútil

e destilo fracionadamente

a melancolia poética de tua existência.

http://petalosdelapalabra.blogspot.com/

Ivanita
Enviado por Ivanita em 30/07/2011
Código do texto: T3127837