DEVANEIOS
DEVANEIOS
Quis ser tragada pelos devaneios
Para numa longa viagem despertar,
Fui envolvida por todos os anseios,
Do inesquecível não queria acordar.
Numa viagem profunda e estimulante
Foi que a memória em solo fértil pisou
Onde uma planta crescia vigorosamente
E destinada sua raiz de mim se apossou.
Pois em fração de segundos extorquia
Da seiva que já se fazia espumante,
Uma metade outra metade submergia
Da entranha, que instigava insinuante...
Dominados pela eufórica ganância
Deu-se um gozo perfeito e envolvente,
Onde o prazer administrava nossa ânsia
Pelos desejos que ardiam sigilosamente.
Mesmo envolvida pela viagem retornei,
Para em outro solo ardente me extasiar,
Não é devaneio o colo em que me deitei
E sim a realidade de um edificante amar.
Mada Cosenza