De que adianta escrever tantos versos,
Exaltando a paixão e o amor,
Se em meu sofrido coração,
Só há espaço para a dor?

De que me servem tão belos poemas,
Noites repletas de inspiração,
Se envolta em mil dilemas,
Perdi minha grande paixão?

De que me valem esses livros,
Proporcionando raras leituras,
Se os meus dias são tão cinzentos,
E minhas emoções uma mera pintura?

De que me importa essa beleza,
Que tantas paixões suscita,
Se minha alma está presa,
Atrelada a tua vida?