Estágios de amar

Nas vias do amor latente,

lutamos sem ter escudo,

seletivos na embalagem,

confiantes no conteúdo.

Sentimento asfixia a verdade,

depois, o fundo da caverna,

amamos na tempestade,

na calmaria, o barco aderna.

Iludimos a sina pobre,

escalando montes belos,

o amor tem um quê de nobre,

ao menos, constrói castelos.

Mas, ao baixar a bruma,

restam pesados passos,

e uma estranha lacuna,

vazio que não deixa espaço.

Cronos, delega experiência,

mas chega com certo atraso;

na aurora da sapiência,

vigor ruma ao ocaso…

Leonel Santos
Enviado por Leonel Santos em 16/07/2011
Código do texto: T3098547
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