Estágios de amar
Nas vias do amor latente,
lutamos sem ter escudo,
seletivos na embalagem,
confiantes no conteúdo.
Sentimento asfixia a verdade,
depois, o fundo da caverna,
amamos na tempestade,
na calmaria, o barco aderna.
Iludimos a sina pobre,
escalando montes belos,
o amor tem um quê de nobre,
ao menos, constrói castelos.
Mas, ao baixar a bruma,
restam pesados passos,
e uma estranha lacuna,
vazio que não deixa espaço.
Cronos, delega experiência,
mas chega com certo atraso;
na aurora da sapiência,
vigor ruma ao ocaso…