De mãos dadas, nunca seremos cegos...

a vida pelas avenidas dos

sentimentos, tão incerta,

sempre tão dura, ansiosa,

inquieta, curta ou longa,

às vezes, sangra e dói;

universo de insegurança,

uma trança nas mãos da

amizade, esperança,

amor, fé e saudade,

vida que n'alma invade,

atenta, inquieta ou feliz;

solidão na multidão não

completa nem liberta;

contramão sempre alerta,

mãos que se dão as mãos,

enxerga com o coração no

paraíso ou no deserto secreto;

metamorfose, conforme a

visão plena e total com

desprendimento do "ego",

segurança que o amor é certo;

de mãos dadas, nunca

seremos cegos... e, brilha

o amor numa explosão

de luz no horizonte

indescritível e inexplicável

do amor e da vida.

Marisa de Medeiros