Maviosidade
Não é que te amar tenha me transformado,
ao dizer que não mais sou a mesma pessoa,
desde que meus sonhos habita, meu amado,
veio a meus pés a aurora que canções entoa!
Bem como a névoa nua enovelada me bole
e transfigura toda a solidão cheia de vozes,
mais que a saparia seresteira com sua prole,
fico ao pé da fogueira d’estrelas em êxtases!
Não eu, o mundo metamorfoseou-se todo,
desde que o achei dentro de ti segredando
que até a doce rosa morta em botão brotou
quando o nosso beijo o amor perfeito selou!
Assim é que tranças alvas da lua cobriram
nossa nudez frugal no ritual dos amantes,
em ardência muito maior que outros amaram,
encantando corpos e auras reslumbrantes!
Santos-SP-01/12/2006