A receita

Ao ritmo dos tambores a batedeira da o tom,

Claras em neve apresentam a escola na comissão de frente

E as gemas seminuas, que rebolam envoltas

Ao malandro açúcar e o seu pandeiro refinado.

Do alto, vê-se a massa escorrer pelo sambódromo iluminado

O todo poderoso chocolate, com harmonia comanda a bateria sem

Perder o compasso,

Enquanto as celebridades, fermento e a farinha de trigo,

embarcam na dança e seguem os foliões.

A arquibancada aquecida, canta a melodia a 180ºC

Em um banho de maria, o creme de leite oferece a rainha da noite,

A senhora cobertura de chocolate, a honra de levar o estandarte.

Logo atrás, decorado com pompas e raspas de ouro,

O grandioso carro alegórico entra na avenida

O publico extasiado, silenciam-se,

Ao fundo no recuo, a cadência da bateria.

Hipnotizados e sucumbidos reverenciam a passagem dela

Simplesmente quem faltava,

A grande estrela da mesa.

Delicada, suave e doce

Distribuindo simpatia, à acenar e induzir os sonhos e a alegria,

A CEREJA do bolo.

PS: pessoal, vocês não devem ter entendido o contexto desta singela poesia, contudo, fui proibido de escrever mais uma vez sobre ela, uma musa inspiradora de tantas poesias. Como gostaria de homenageá-la, na sua mais nova aquisição, “A Cereja”, uma bela tatuagem. Mesmo não sabendo cozinhar, usei uma receita de bolo de chocolate com a cereja à maquiar e delinear a sua beleza, mais uma vez. Nem sei se ela vai ler um dia, mas...

Fabiano Sousa
Enviado por Fabiano Sousa em 18/06/2011
Código do texto: T3041865
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