A receita
Ao ritmo dos tambores a batedeira da o tom,
Claras em neve apresentam a escola na comissão de frente
E as gemas seminuas, que rebolam envoltas
Ao malandro açúcar e o seu pandeiro refinado.
Do alto, vê-se a massa escorrer pelo sambódromo iluminado
O todo poderoso chocolate, com harmonia comanda a bateria sem
Perder o compasso,
Enquanto as celebridades, fermento e a farinha de trigo,
embarcam na dança e seguem os foliões.
A arquibancada aquecida, canta a melodia a 180ºC
Em um banho de maria, o creme de leite oferece a rainha da noite,
A senhora cobertura de chocolate, a honra de levar o estandarte.
Logo atrás, decorado com pompas e raspas de ouro,
O grandioso carro alegórico entra na avenida
O publico extasiado, silenciam-se,
Ao fundo no recuo, a cadência da bateria.
Hipnotizados e sucumbidos reverenciam a passagem dela
Simplesmente quem faltava,
A grande estrela da mesa.
Delicada, suave e doce
Distribuindo simpatia, à acenar e induzir os sonhos e a alegria,
A CEREJA do bolo.
PS: pessoal, vocês não devem ter entendido o contexto desta singela poesia, contudo, fui proibido de escrever mais uma vez sobre ela, uma musa inspiradora de tantas poesias. Como gostaria de homenageá-la, na sua mais nova aquisição, “A Cereja”, uma bela tatuagem. Mesmo não sabendo cozinhar, usei uma receita de bolo de chocolate com a cereja à maquiar e delinear a sua beleza, mais uma vez. Nem sei se ela vai ler um dia, mas...