PAIXÃO

Tens a paixão enclausurada no corpo,

E o sangue a correr-te nas veias

São as chamas de um ardente desejo

Consumindo os meus sonhos,

Encurtando os meus dias.

Mas, se agora é de dor o meu pranto,

Um dia o foi de ternura!

Teus lábios, porém,

Corrompem-me o espírito

Levando-me a beira da loucura.

Resta-me agora um ultimo alento!

A brasa que teima em reacender

Abraçando o vento gelado

A soprar da minha saudade,

Há de um dia renovar-se

Ou apagar-se no turbilhão do tempo.

Tenho somente

Um derradeiro pedido;

Antes que eu deixe de lado a esperança

Atirando-me nas garras de um Cérbero destino,

Quero ainda uma vez; Mesmo que seja a ultima!

Aquecer minha alma no calor do teu corpo.

Depois...

Que me importará as lágrimas?!

Quem por mim rezará?

Não quero velas acesas

Esquecidas a beira do caminho,

Quero somente as estrelas

E uma taça repleta de vinho!

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 17/06/2011
Código do texto: T3039917