AMOR DEVORADOR
O apetite do amor não tem limite,
tanto devora o coração do amante,
quanto arranca nacos palpitantes, ao amado.
O amor é um canibal faminto,
de dentes pontiagudos e afiados,
à procura da presa, por todos os meios.
O amor é um banquete, uma carnificina;
restaurante "self service" de si mesmo,
onde a lei da selva predomina.
O amor, esse sentimento improvável,
não é solução, nem caminho,
que leve um incauto ao céu.
O amor é uma loba doida a devorar os filhotes;
tocha ardente que se auto-consome:
sentimento desconhecido, que pensamos saber o nome.
- por JL Semeador, em 14/06/2011 -