A Loucura do Amor

A absolvição do amor veio em doces palavras.

Virtudes encontradas nas paginas viradas da vida.

Nem a chuva fina e orvalhada da madrugada

fez o pecado ser justificado em metáforas.

Por isso me recusei a sentir essa dor.

Densa e falsa na plenitude da tua ausência.

Não havia tempo para incertezas do amor.

Pois os anos intensificaram a paixão.

E me fizeram ver que estavas gravada

em meu coração.

Sucessivas tentativas de apagar-la.

De deixar para trás esse insensato amor.

Mas glorificou as memórias em nossa historia.

Vividas a cada dia sem poder evitar o ardor.

Noites jazidas intensamente na loucura.

A total abstinência dos meus sentimentos

contorciam-se pela sua simples doçura

fazendo-me ficar perdido no tempo.

Quantas viagens eu faria para conquistar-la?

Voltaria quantas vezes fosse necessário.

Para entrar em tua vida e amar-la.

E todas às vezes provar dos teus lábios

aquele beijo que foi só uma vez.

Imerso e rendido aos meus versos

e a sua mais pura embriagues.

Fez de mim um alucinado capaz

de entrar no olho do furação

para achar um portal mágico

no espaço e tempo para o teu coração.

Lagrimas minhas fariam cachoeiras.

E assim poderia despencar sem medo

solene em tuas palavras verdadeiras.

Que tenho certeza que escondem o

mesmo e imenso amor a se eternizar.

Louco eu que quase não consegui parar

de escrever.

Vendo o fim das linhas para acabar

o meu versar.

Ah! Desculpem-me sou louco.

Nunca medi nenhum esforço

Ao amar demasiadamente assim.

Poderia escrever a noite toda

mas a linha marota já anunciou

O fim.

Renato Rodrigues
Enviado por Renato Rodrigues em 14/06/2011
Código do texto: T3033298
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