A Loucura do Amor
A absolvição do amor veio em doces palavras.
Virtudes encontradas nas paginas viradas da vida.
Nem a chuva fina e orvalhada da madrugada
fez o pecado ser justificado em metáforas.
Por isso me recusei a sentir essa dor.
Densa e falsa na plenitude da tua ausência.
Não havia tempo para incertezas do amor.
Pois os anos intensificaram a paixão.
E me fizeram ver que estavas gravada
em meu coração.
Sucessivas tentativas de apagar-la.
De deixar para trás esse insensato amor.
Mas glorificou as memórias em nossa historia.
Vividas a cada dia sem poder evitar o ardor.
Noites jazidas intensamente na loucura.
A total abstinência dos meus sentimentos
contorciam-se pela sua simples doçura
fazendo-me ficar perdido no tempo.
Quantas viagens eu faria para conquistar-la?
Voltaria quantas vezes fosse necessário.
Para entrar em tua vida e amar-la.
E todas às vezes provar dos teus lábios
aquele beijo que foi só uma vez.
Imerso e rendido aos meus versos
e a sua mais pura embriagues.
Fez de mim um alucinado capaz
de entrar no olho do furação
para achar um portal mágico
no espaço e tempo para o teu coração.
Lagrimas minhas fariam cachoeiras.
E assim poderia despencar sem medo
solene em tuas palavras verdadeiras.
Que tenho certeza que escondem o
mesmo e imenso amor a se eternizar.
Louco eu que quase não consegui parar
de escrever.
Vendo o fim das linhas para acabar
o meu versar.
Ah! Desculpem-me sou louco.
Nunca medi nenhum esforço
Ao amar demasiadamente assim.
Poderia escrever a noite toda
mas a linha marota já anunciou
O fim.