Amor ao vento
Não me amargas com tua despedida
Puderas eu eternizá-la neste momento
Pois a única melancolia deste tempo
Arrastou-me pelo púrpuro vento.
Foi ainda a aragem do mar
Que me apertou no peito
Volúpias de veleidade
Confiscando-me de maldade
Em teu corpo eu ambicionava
De estremeção e lascívia
Todo pudor que nascera
Naquele momento perecia
Vagueando na margem do crepúsculo
Que seu rosto deflagrava
Fustigava no meu peito
O despedir do momento